O Feng Shui é uma arte antiga. O termo aparece pela primeira vez num texto clássico “O Livro dos Enterros” de Guo Pu (276-324 d.C.). No entanto, o termo utilizado para descrever esta arte era, até ao início do século XX, “Kanyu”, que significa, de forma sucinta, observar o céu e observar a terra. Basicamente, a história do Feng Shui pode ser escrita em três partes. A primeira parte é tão antiga como o homem, no sentido em que este sempre usou o discernimento relativamente aos locais que escolheu para habitar. Quando se começou a erigir habitações permanentes, havia preocupações básicas como alinhar as fachadas sulistas e soalheiras nas zonas frias da China. E não eram apenas as habitações para os vivos que despertavam interesse, mas sobretudo os locais de enterramento e a cultura.
Esta primeira parte corresponde também ao desenvolvimento dos princípios da metafísica chinesa (desde Fu Hi - 3000 a.C.) e os dois factores fundamentais do Feng Shui, a Forma (Luan Tou) e a Direção (Di Li) já estão presentes. No entanto, a aplicação dos princípios filosóficos era muito limitada pela impossibilidade de medir com precisão (as direcções eram medidas com um pau vertical espetado no chão e medindo a sombra).
Pode dizer-se que a grande revolução e mesmo a génese do próprio Feng Shui Clássico ocorreu com o aparecimento do primeiro compasso, o luo pan, numa data incerta, talvez algures na dinastia Tang (por exemplo, 700 d.C.). Foi no final da dinastia Tang que o primeiro Grande Mestre desta arte, Yang Yung Sun, foi galardoado com a criação do Anel dos 72 Dragões. Desde cedo, desenvolveram-se duas escolas distintas, a escola San He (Três Harmonias), que dá grande importância às “Formas Estrangeiras” e a escola San Yuan (Três Períodos) que tem o “Tempo” como vetor fundamental.
Esta primeira parte corresponde também ao desenvolvimento dos princípios da metafísica chinesa (desde Fu Hi - 3000 a.C.) e os dois factores fundamentais do Feng Shui, a Forma (Luan Tou) e a Direção (Di Li) já estão presentes. No entanto, a aplicação dos princípios filosóficos era muito limitada pela impossibilidade de medir com precisão (as direcções eram medidas com um pau vertical espetado no chão e medindo a sombra).
Pode dizer-se que a grande revolução e mesmo a génese do próprio Feng Shui Clássico ocorreu com o aparecimento do primeiro compasso, o luo pan, numa data incerta, talvez algures na dinastia Tang (por exemplo, 700 d.C.). Foi no final da dinastia Tang que o primeiro Grande Mestre desta arte, Yang Yung Sun, foi galardoado com a criação do Anel dos 72 Dragões. Desde cedo, desenvolveram-se duas escolas distintas, a escola San He (Três Harmonias), que dá grande importância às “Formas Estrangeiras” e a escola San Yuan (Três Períodos) que tem o “Tempo” como vetor fundamental.
O Feng Shui Clássico viveu num processo de secretismo que perdura até aos dias de hoje. Por isso é praticamente impossível fazer uma história exacta dos cálculos. No entanto, nomes como Jiang Da Hong (1620-1714), que mencionou pela primeira vez o sistema Xuan Kong, ou Tan Yang Wu, que fundou a primeira escola na primeira metade do século XX em Xangai, são figuras incontornáveis. Durante a instauração do regime maoísta na China, o Feng Shui é perseguido e declarado ilegal, proibição que perdura até hoje. Os mestres emigraram para comunidades chinesas fora da influência comunista, como Taiwan, Malásia, Singapura e Hong Kong. A terceira parte da história do Feng Shui começa nos anos 80, com o aparecimento do Feng Shui contemporâneo. Esta forma moderna de Feng Shui foi iniciada por mestres sem formação clássica, sendo o primeiro Lin Yun, um monge budista tibetano de Taiwan que emigrou para a Califórnia e criou o sistema Black Hat. Caracteriza-se pela fusão de culturas na aldeia global dos nossos dias e com raízes mais ou menos ligadas à cultura chinesa, consoante os casos. Trata-se de uma redefinição e extensão do conceito original do Feng Shui.